sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Por estas àguas

O ar está puro, a paz reflecte-se no mar...as nuvens sossegadas depois do choro, o vento adormecido depois dos uívos! Na serenidade da luz que toca ao de leve as superficies...respiro fundo!
Encontrei a calma e encontrei-te nas mesmas àguas que eu...barco a balouçar, mas com rumo! Vou seguindo em direcção ao mesmo porto, vendo a tua embarcação... Estamos aqui para uma aflição, nem precisamos de o dizer, sabemos! E quem sabe, pelo caminho, partilharmos descobertas e pores de sol. Quero ver-te a chegar seguro ao teu destino e também atracar de mansinho na minha praia! Boa viagem, boa vida marinheiro amigo!

Caminhar sozinha

Não quero abraços, embalos,
Não quero pensar, desbravar,
Quero ficar ao colo e ouvir as palavras:
pronto, pronto...vai passar!

Relatos do caminho

No Outono da minha vida
divido-me entre a beleza das cores amadurecidas e a tristeza das perdas.

E agora?







Num beco sem saída
encontro-me...espantada!
Que rumo tem a minha vida
se acabou a estrada?

Verbo FELICIDADE (V)

Quis tudo, esteve perto de ter tudo e encontrou algo que a fez não querer mais nada!

Verbo FELICIDADE (IV)

Deixar de pensar o sentir!

Tempo




O tempo urge...e é preciso dar tempo ao tempo! É um compromisso que tenho de aprender a aceitar.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Querias morrer...

Rasga o véu desse sonho-pesadelo....liberta-te desse labirinto da mente...não te deixes iludir pelo ar indefeso de quem te magoa! Ganha coragem para saires do mundo que conheces, ganha coragem para saires do passado que já não existe. Quanto mais tempo ficares nesse espaço fechado mais sufocado te sentirás...disfarça um sorriso e sai para o ar livre, fica tonto com tanto oxigénio, estranha a luz do sol.....mas vais ver que é a única forma de VIVER. Porque esperas se o amanhã num instante será ontem?

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Sorrir

Em casa não preciso de sorrir com os lábios, pois sorri todo o meu ser quando me levanto com vontade de acordar para o dia, sorri quando me preocupo com a roupa que vais levar e como verifico o desenrolar pacifico das tarefas matinais, sorri quando te beijo, sorri quando com prazer te passo as mãos no cabelo para simular que te penteio quando já estas perfeito, sorri quando me chego ao pé de ti na cama para ter consciencia da tua presença, sorri com a simplicidade que o invade...

Por nós todos




Por todos os que sofrem, por todos os que não podem...(e até por quando formos desses)...devemos viver a nossa vida com um sorriso e dar valor a cada momento sem dor, sem limitação, sem peso nem confusão, sem desesperança...sem termos de sentir que nos despedimos da vida a cada segundo que passa!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Verbo FELICIDADE (III)

Quando me olhou nos olhos os ventos acalmaram-se e o meu espírito sorriu com a paz que o inundou!

Verbo FELICIDADE (II)

Não sei se seria a verdade, mas o que interessava é que queria acreditar!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Para mim o amor...


Querer amar e ser amada não para me resolverem os problemas, não para me arrumarem as coisas, não para ajudar a pagar contas, não para me segurarem....eu não preciso...trato disso sozinha...mas para me acompanharem, para partilharem o que sobra depois das obrigações e sim para aligeirar os dias, as situações, para dar uma mão, um ombro, ... para praticar o bem-querer! Utopia?

domingo, 25 de novembro de 2007

Poemas



Lidos e relidos os poemas são sempre virgens!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Repensar o trajecto


Se sabemos onde queremos ir e nunca lá chegamos, o problema deve estar em nós, na nossa visão, na nossa percepção, na nossa astúcia ao escolher o trajecto!

Verbo FELICIDADE (I)

Nasce com raios de luz definindo a manhã.
O corpo acorda e beija a alma que desperta: Anda, vem...chegou um novo dia!

Raízes

Gotas gotejam e salpicam
Àgua fresca que serpenteia
Entre pedrinhas e musgo
Fresca, limpa, rápida...
Beija-me com essa vida
Que corre e não para
E que é tão intensa!
Dança comigo brisa,
Leva-me de olhos fechados,
Dá-me um sorriso alegre!
Pés descalços, movimentos largos...
Eu canto para te acompanhar
E a minha voz sai-me do peito,
Fico nova como a folha que acabou de nascer.
Fico sem horas, eterna neste momento,
Numa manhã clara e nítida
De encontro à terra, de encontro a mim!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

(a) Variações



Nunca me fizeram falta os alucinogéneos,
com sentimentos e químicos tão poderosos dentro de mim...

Ardeu


Triste, fiquei assim quando ardeu o meu sonho e o perdi
A sentir que ardia e me perdia eu também
Mas agora que o não tenho, vejo por entre as cinzas
O lugar tão diferente e vazio que ficou!

Ajudo o vento e sopro decidida a limpar de vez todo este espaço
E sem a presença daquele sonho que já não existe
Percebo espantada que não me sinto assim tão triste
E que estou calma, cansada, estranhamente despreocupada!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Momentos doces


O teu bracinho inteiro abraça-me o pescoço com um abraço seguro e de prazer...
A tua mão pequenina dedilha os meus cabelos que desmaiam de ternura...
O teu pescocinho macio e quente tem o meu nariz a beija-lo...
Adormecemos assim com o mundo em nós as duas...
Minha filha...nem imaginas como amo este nosso bocadinho...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Uma questão de gramática

Nas frases que me surgem de ti já domino as terminações verbais do futuro mais-que-perfeito. Quando irei conjugar tudo no presente?

Família

Gosto de poder te admirar, à tardinha,
Sentado no jardim a abraçar os nossos filhos
E saber que à noite esses braços serão meus!
Gosto de nesse momento ficar assim a assistir
À tua felicidade, à tua vida...da janela, cá de cima,
E sorrir por sermos uma família sem pressões
Que encerra nela todos os valores que nos ligam!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Novo caminho

Já não me sinto triste com a tristeza do fim!
Já consigo ver que posso começar um novo caminho, sem os mesmos erros de percurso!

domingo, 11 de novembro de 2007

Afinal é simples!

Nas minhas mãos estão as soluções.
Se é assim, porque é que complicamos tudo?

sábado, 10 de novembro de 2007

A minha banda a tocar

Notas soltas, claves, sustenidos, bemóis, acentos...um ritmo descompassado e baixinho...Sinto-me perdida, de vida perdida,...o tempo à deriva que não lhe agarro o guiador...Nada mudará. Amor, não voltarás a estreitar-me nos braços...se não me queres ter para sempre! E melodias atropelam os meus sentidos, desafinada canto...
E nada mudará: Amor, não voltarás a ter os meus dias e as minhas noites...Que me leve a canção através de acordes dissonantes...Não preciso de ouvidos para a ouvir...! Tristemente me embalo no choro da alma, que geme mansinho...A musica é bela, genuína, transpirada de sentimentos e de chuva...O vento leva-a e dissipa-a...que se perca na atmosfera e me leve com ela!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Febril

Febril, é como fico quando em noite de lua cheia penso em ti!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ser humano









Amarmo-nos e
não armarmo-nos!

Desejo de desejo

Estar tão perto de tí ... sem te tocar,
Sentir o calor que emana de ti.
Quase perceber os batimentos cardíacos,
Cheirar a tua pele por arajens,
Ouvir o som da tua respiração...sem te tocar...

Perceber que o teu desejo é igual ao meu
inundante, envolvente, absorvedor
inevitavel...gozar os segundos que passam
suspensos nesta dança dos sentidos.
Comparar as sensações com os sonhos que tivemos delas,
e, incredula, perceber que são realidade.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Momentos


Relógio sem ponteiros, momento sem datas...tudo se abre...tudo é infinito no presente por ser tão absorvente e por entrar por todos os poros...entope a consciência!
O meu coração palpita, um sorriso malandro...quero amar-te com a luz da janela a iluminar o quarto, com o som dos passaros lá fora, com a brisa que mexe as cortinas e anima este espaço. Com esta calma....tudo se suspendeu para eu te amar! O mundo parou, expectante, silencioso para não interromper o que realmente é importante hoje e agora e que podemos fazer de corpo e alma: amarmo-nos! Sem pressa de começar nem pressa de acabar, sem pensar em nada a não ser sentir e dar...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pensar


Pensar, tentar perceber, pôr tudo às claras...bem que tentamos! Mas há coisas que não seguem o curso normal do raciocínio, há coisas que não são lineares... E ainda bem...porque assim podemos sempre surpreendermo-nos com a força dos sentimentos, com a justificação pelos factos...e da mesma forma que se podem gerar nalgumas pessoas gestos condenáveis, outras são actores de gestos nobres e de sublimação humana...transcendentes...dádivas à esperança...libertação desse pensar!

Brisa








Brisa... suspiro do céu!

Foge



A vida flui
Foge-nos pelos dedos
Aquilo que acreditávamos ter
...não temos!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Os muros






Os muros mais altos
são degraus
quando me dás a mão!

Conversar


Devagar, com palavras, o mar transformou-se em lago. As ondas revoltas deixaram de engolir a paisagem, agora uma calma infinita torna leve a minha alma.